O Ministério Público do Tocantins (MPTO) denunciou nesta terça-feira (09) quatro policiais militares e dois empresários suspeitos de participar de tortura, sequestro e cárcere privado, praticados contra o caseiro de uma propriedade rural localizada no município de Rio da Conceição. Os crimes envolvem conflitos pela posse da terra onde a vítima trabalhava e teriam sido cometidos para forçá-la a fornecer informações.
Os denunciados são os empresários Diego Henrique Gurgel Hosken e Ataídes Melo Paiva, apontados como mandantes, e quatro policiais militares: Marlo Soares Parente, Artur Figueiredo Pinto, Pablo Rogério Monteiro Parente e Aldair Muniz dos Santos, acusados de executar os crimes.
Conforme o Ministério Público, os crimes foram cometidos em agosto de 2021. Os militares supostamente teriam invadido a propriedade rural, rendido a vítima, imobilizado-a e iniciado a sessão de tortura, fazendo uma série de perguntas ao caseiro e aplicando uma sequência de golpes contra ele, utilizando um facão e um pedaço de madeira.
Em seguida, a vítima teria sido colocada em uma caminhonete e levada até o município de Novo Alegre, onde foi abandonada às margens da rodovia. Ao longo do trajeto, o caseiro teria sofrido diversas ameaças de morte.
Após ser deixado na rodovia, a vítima, que estava lesionada e com medo, se dirigiu até a área urbana de Novo Alegre, onde procurou uma unidade de saúde e obteve atendimento.
A denúncia foi proposta pela 1ª Promotoria de Justiça de Dianópolis à Vara Criminal de Dianópolis. Dos seis denunciados, três estão presos preventivamente na sede do Batalhão de Choque da Polícia Militar.
A equipe da Rede TO não conseguiu o contato das defesas dos citados na denúncia. Entramos em contato com a assessoria de comunicação da Polícia Militar. Se houver retorno, a reportagem será atualizada.