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Unitins tem quatro programas de Residência Médica aprovados e inicia etapa para seleção de novos residentes

A Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) avançou mais uma etapa importante na consolidação de sua política de formação em saúde. A Comissão Nacional de Residência Médica aprovou, na plenária de novembro, o credenciamento provisório de quatro programas de residência vinculados à instituição: Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Clínica Médica e Cirurgia Geral.

Com a aprovação, os programas estão autorizados a iniciar o processo seletivo de médicos interessados em ingressar na formação. Cada residência ofertará duas vagas, totalizando oito oportunidades para atuação no Hospital Regional de Augustinópolis, unidade parceira da universidade na execução dos programas.

A Coreme da Unitins – Comissão de Residência Médica – é presidida pelo médico Valdir Odorizzi, responsável pela condução técnica da implantação e pelo alinhamento com as diretrizes nacionais. A sequência do planejamento é a elaboração do edital que regulamentará a seleção, cuja publicação está prevista para as próximas semanas. Conforme as normas nacionais, o ingresso dos residentes deve ocorrer em março de 2026, após matrícula em fevereiro.

Formação médica como vetor de desenvolvimento regional

O reitor da Unitins, professor Augusto Rezende, destaca que a aprovação das residências integra a estratégia institucional de fortalecimento da saúde no Bico do Papagaio.

“A implantação do curso de Medicina, acompanhada do curso de Enfermagem em Augustinópolis, já previa um movimento de melhoria estrutural e formativa na região. A residência médica vem para qualificar ainda mais esse processo, ampliando a capacidade de atendimento, fortalecendo as UBSs, as UPAs e o Hospital Regional”, afirmou.

Conforme o reitor, a presença de residentes tende a reduzir a pressão sobre os sistemas de Palmas e Araguaína, distribuindo melhor a rede de cuidado e elevando o nível de atendimento no extremo norte do estado.

O papel da Coreme e a necessidade regional

Presidente da Coreme da Unitins, o médico Valdir Odorizzi, explica que a implantação dos programas é resultado de um trabalho iniciado ainda na fase de criação do curso de Medicina da universidade.

“Eu e o reitor Augusto já discutíamos há anos a necessidade de Augustinópolis ter um curso de Medicina com impacto direto na região. Quando o curso foi implantado e começou a avançar, já sabíamos que chegaria o momento de criar a residência médica”, relatou.

Odorizzi lembra que participou da coordenação do projeto de implantação do curso e agora lidera a equipe que estruturou os programas de residência, aprovados após visita técnica da Comissão Nacional. O médico destaca que a região do Bico do Papagaio vive uma carência histórica de especialistas. “Se você traçar um raio de 100 km a partir de Augustinópolis dentro do Tocantins, não há especialistas suficientes. A residência é fundamental para fixar profissionais, qualificar o atendimento e oferecer uma medicina mais centrada na pessoa”, disse.

Segundo ele, médicos formados em qualquer instituição do país poderão concorrer às vagas, desde que tenham registro profissional. “O residente passa três anos na região, atuando diretamente com a população. É uma pós-graduação que forma especialistas e transforma o sistema de saúde local”, reforçou.

Odorizzi também destacou a colaboração dos profissionais do Hospital Regional de Augustinópolis. “Sem o apoio dos médicos mais experientes e da direção do hospital, não seria possível. Todos abraçaram o projeto e isso aumenta nossa confiança de que dará certo.”, finalizou.