Na manhã desta sexta-feira, 23 de agosto, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação de grande envergadura em vários pontos do Judiciário do Tocantins. Denominada Operação Máximus, a ação incluiu buscas no Fórum e no Tribunal de Justiça (TJ) do estado, além de investigações em endereços de magistrados suspeitos de envolvimento em um esquema de venda de decisões judiciais. As medidas foram autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A Operação Máximus conta com 60 mandados de busca e apreensão, além de duas ordens de prisão preventiva, com foco em magistrados, filhos de um ex-Procurador Geral de Justiça e diversos advogados, segundo informações divulgadas por jornalistas. Até o momento, não há mandados contra membros da atual Procuradoria Geral de Justiça do Tocantins.
De acordo com a TV Anhanguera, as diligências estão em andamento, mas as autoridades ainda não divulgaram os nomes dos envolvidos. A operação tem como objetivo coletar provas sobre o suposto esquema de venda de sentenças judiciais, que estaria em prática no estado há algum tempo.
Além das prisões e buscas, o STJ determinou medidas cautelares, como o afastamento dos envolvidos de seus cargos públicos e o bloqueio de seus bens e valores. A operação visa desmantelar um esquema que, segundo as investigações, estaria operando no sistema judiciário do estado há vários meses.
O nome “Máximus” faz alusão ao protagonista do filme Gladiador, que lutou contra a corrupção no alto escalão do Império Romano, simbolizando a atual batalha das autoridades contra a corrupção no Judiciário.