Expressões acompanhadas de frases fortes marcam a exposição fotográfica “Mulheres Guerreiras Quilombolas”, realizada pela Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto) como forma de lembrar o Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado neste 20 de novembro. De autoria da jornalista Maju Cotrim, a mostra permanecerá no hall da Casa até o dia 20 de dezembro.
A abertura da exposição foi feita pelo presidente da Assembleia, Amélio Cayres (Republicanos). “Essa é uma oportunidade para chamar atenção sobre a importância de discutir e legislar em favor da temática consciência negra”, frisou Cayres.
O presidente aproveitou para lembrar que os deputados não fogem ao tema, uma vez que dezenas de matérias já foram aprovadas de forma a beneficiar a população negra do Tocantins. Citou as quebradeiras de coco da região do Bico do Papagaio como exemplo de bravura, coragem e determinação.
Discussões
“Com esse evento, a Assembleia abre as portas para discutir assuntos pertinentes aos que não podem vir aqui falar das suas dificuldades, reclamar seus direitos”, disse Maju, referindo-se à falta de oportunidades à população negra quilombola, acrescentando que os negros representam 70% dos tocantinenses.
“A Assembleia Legislativa tem papel importante no apoio às causas sociais, na criação de políticas públicas e no reconhecimento da história desse público, e essa exposição atua como um instrumento viável para despertar discussões e ações direcionadas a ele”, completou Cotrim.
Reconhecimento
Presentes na abertura, os deputados Luciano Oliveira (PSD), Professora Janad Valcari (PL) e Vanda Monteiro (UB) reconheceram a importância da ação idealizada pela diretora de Comunicação e Publicidade, Wanja Nóbrega. A primeira-dama do Estado, Karynne Sotero, também falou da necessidade de abordar discussões que gerem mais oportunidades às pessoas negras.
Exposição
Com fotografias de Marco Jacob e Felipe Meneses, a mostra apresenta imagens que ilustram o livro “Guerreiras Populares Quilombolas”, lançado em 2022, de Cotrim. Uma obra inédita no Brasil que traz a biografia de 40 mulheres das principais comunidades quilombolas tocantinenses que são destaque em suas comunidades.
A amostra fotográfica ressalta em suas imagens, os traços físicos, a identidade étnico-racial, a garra e a resistência na luta por melhorias da qualidade de vida nos quilombos.
Sobre a autora
Maju Cotrim é jornalista e especialista em Comunicação Étnico-Racial e Marketing Político. Também é idealizadora do Instituto Crespas-TO, entidade que há oito anos leva palestras e oficinas gratuitas de conscientização contra o racismo nas escolas e outros espaços publicos no Tocantins.