O ex-governador Mauro Carlesse (Agir) comentou sobre a prisão por suspeita de fuga para o exterior nesta quarta-feira (19), logo após sair do Comando Geral da Polícia Militar, onde estava detido. Ele alegou sofrer perseguição política e considerou a ação ‘absurda’. Carlesse ficou preso por mais de dois meses, após investigação da PF apontar que ele estaria planejando fugir para Itália e Uruguai com a ajuda do sobrinho e ex-secretário Claudinei Quaresemin.
“Sinceramente, não sabia nem do que que eu estava sendo preso, porque eu não tinha nenhum processo julgado. Está na primeira instância, eu defendendo, não tem provas nenhuma contra mim. Infelizmente, eu fui preso, não é bom. Se eu te falar para você que é muito ruim, é ruim, né? Jamais eu ia fugir, não tem motivo de fugir. Eu sou um cidadão italiano, tenho passaporte italiano, tenho identidade no Uruguai para os meus negócios, sou empresário, sustento a minha família fazendo meu trabalho. E isso foi entendido para o Ministério Público como se eu fosse fazer uma fuga”, contou durante coletiva de imprensa.
O pedido de habeas corpus da defesa foi atendido através de uma liminar pelo ministro do STJ, Antônio Saldanha Palheiro. Os efeitos da decisão também atendem ao ex-secretário Claudinei Aparecido Quaresemin, sobrinho do ex-governador, que também é investigado.
O ex-governador é alvo em pelo menos cinco investigações por desvio de dinheiro, fraudes de licitação e outros crimes, além de também responder a ações penais. Para Carlesse, a prisão se trata de uma perseguição política.
“Nesse estado, se não mudar essas perseguição política é difícil, mas eu não abaixo a cabeça porque eu não devo, não devo e vou responder. Fiz tudo que podia em todas as áreas, na saúde, na educação, na infraestrutura, na segurança pública e estou pagando esse preço por uma meia dúzia de incompetentes que tem nesse estado, que vive perseguindo as pessoas e no qual uma delas foi eu”, comentou