Por Keops Mota
As duas gestões de Gilmar Pinheiro e a administração de seu sobrinho, Jader Pinheiro, deixaram um legado negativo que ainda assombra as finanças do município. As dívidas herdadas dessas gestões têm comprometido a atual administração da prefeita Bruna Gabrielly, que enfrenta dificuldades até para manter serviços básicos funcionando.
Segundo informações da própria prefeitura, a dívida gira em torno de R$ 2 milhões. Parte desse valor já foi quitado, mas os impactos ainda são sentidos, um exemplo recente foi a suspensão no fornecimento de energia elétrica em alguns órgãos públicos.
Com uma arrecadação modesta, Praia Norte não consegue cobrir compromissos financeiros que vêm se acumulando há mais de uma década. Desde a primeira gestão de Hochimim Araújo, há tentativas de equacionar essas dívidas, mas o alto valor somado à limitação de receita tem impedido que o passivo seja totalmente eliminado.
O mais preocupante, no entanto, não é apenas a situação crítica deixada por essas administrações anteriores, mas o uso político desse cenário. Alguns opositores têm explorado esse momento delicado para se promoverem politicamente, mesmo cientes de que a responsabilidade não é de Hochimim e muito menos de Bruna, que assumiu o cargo há apenas oito meses. Apesar disso, continuam disseminando informações distorcidas para manipular a opinião pública.
Um exemplo disso envolve um professor da rede pública municipal, que, contrariando o papel educativo que deveria exercer, publicou recentemente um vídeo nas redes sociais mostrando o corte de energia em um órgão público. No vídeo, ele responsabiliza Hochimim pelo ocorrido, mesmo sabendo que o corte foi consequência de um precatório da gestão de Gilmar que venceu na última sexta-feira.
Essa narrativa, além de falsa, ignora pontos fundamentais:
Hochimim não é mais o prefeito. Logo, cobrar dele uma ação que hoje cabe à atual gestora é deslocar a responsabilidade de forma equivocada e tendenciosa. As falas do vídeo, portanto, têm clara motivação política, descoladas da realidade.
As dívidas são herança das gestões de Gilmar e Jader Pinheiro. Se o objetivo fosse honestidade intelectual, a pergunta correta seria: por que essas gestões deixaram dívidas tão expressivas? E por que não prepararam a prefeitura para uma transição responsável?
Apesar dos desafios, a prefeita Bruna Gabrielly tem buscado manter a população informada e enfrenta a situação com transparência, algo raro na política. Usar esse momento para fins eleitoreiros é, no mínimo, desrespeitoso com a população, que é a principal prejudicada por tudo isso.