Escolas cívico-militares vão continuar funcionando e formato será expandido, diz governador Wanderlei Barbosa

A decisão do governo federal de encerrar o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim) não deve afetar as escolas deste modelo no Tocantins. Foi o que afirmou o governador do estado Wanderlei Barbosa (Republicanos) em um vídeo publicado nas redes sociais nesta quinta-feira (13).

“Nós vamos manter as escolas militares, nós vamos trabalhar na ampliação deste projeto, vamos fazer com que pais de família tenham para seus filhos o ensino disciplinar bom. Não é um regime militar, é um ensino com disciplina, com respeito aos mais velhos, com respeito aos professores. Nós temos diversas escolas militares e nós vamos além de manter as que temos. Queremos abrir novas escolas porque temos pedidos dos prefeitos”, explicou Wanderlei Barbosa.
Sobre o efetivo das forças de segurança que atua nas unidades, o governador afirmou que os policiais não são retirados das ruas para os cargos de ensino.

“Nós botamos homens da Polícia Militar junto com a Secretaria de Educação. Mantemos os nossos professores, melhoramos o ensino, a disciplina dos nossos alunos e isso tem feito um bem muito grande para nosso estado”, reforçou.
O secretário executivo da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Edinho Fernandes, também reforçou da decisão nesta quinta-feira (13).

Na quarta-feira (12), após o anúncio do governo, a Seduc chegou a dizer que iria estudar um novo modelo, mas durante entrevista à TV Anhanguera o secretário bancou a manutenção do formato no estado.
“Na prática não muda em nada, a política nacional de educação para cívico-militar foi implantada pelo governo federal e no início havia um aporte para tal. Mas esse aporte, há alguns anos, já não existe mais, foi suspenso. Há um bom tempo que é o próprio estado que custeia todas as despesas dos colégios cívico-militares.”
O Tocantins possui nove escolas no modelo cívico-militar, que é diferente dos colégios militares.
Segundo o secretário, a decisão de manter o formato foi do governo estadual. “Nós vamos permanecer. É uma decisão do nosso governador Wanderlei Barbosa que a gente permaneça porque é uma política que tem dado certo. É um case de sucesso e nós vamos permanecer”.
Edinho Fernandes negou qualquer possibilidade de fechamento das escolas e afirmou que o calendário letivo será retomado normalmente no próximo dia 1ºde agosto.

Segundo ele, o Estado vai encaminhar um projeto de lei estadual para regulamentar o modelo cívico-militar e pretende expandir o formato.

“Nós teremos legislação própria. Estamos encaminhando uma minuta de lei para apreciação da Assembleia Legislativa, para que a gente possa ter uma lei específica que vai regulamentar o ensino cívico-militar no Tocantins.”
Diferença entre cívico-militar e colégio militar
O Tocantins possui nove escolas no formato cívico-militar, modelo que foi extinto pelo governo federal.

Além destas nove escolas, o estado possui 28 Colégios Militares, sendo 27 em parceria com a Polícia Militares e outro com o Corpo de Bombeiros.

Em ambos os formatos são princípios básicos a hierarquia, a ordem e a disciplina. Porém, há diferenças:

Cívico-Militar: No caso das escolas cívico-militares há uma espécie de “meio-termo”: Era proposto que educadores civis ficassem responsáveis pela parte pedagógica, enquanto a gestão administrativa passava para os militares. Essa segunda tarefa fica a cargo de militares inativos que dão apoio à gestão pedagógica.

Colégio Militar: As escolas militares são mais rígidas e predomina a pedagogia militar. O diretor é indicado pela corporação responsável e há uma maior autonomia das corporações para montarem o currículo e a estrutura pedagógica.

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