Igor Silva de Oliveira passou por um susto nos últimos dias. O jovem de 20 anos teve o tórax atravessado por um tronco de madeira em um acidente de trânsito em Praia Norte, região norte do estado. Segundo a família, ele chegou a quebrar duas costelas e teve parte do fígado e do intestino atingidos.
O g1 conversou com médicos que explicaram como uma pessoa pode sobreviver a esse tipo de acidente e como é realizado o tratamento desses casos. Os médicos não são os mesmos que fizeram a cirurgia no paciente.
O cirurgião torácico Dr. Danilo Felix Daud contou que já atendeu outros casos similares e explica que muitos são fatais. Em que algumas situações o paciente consegue sobreviver, porque o próprio corpo ajuda, fazendo a proteção dos órgãos vitais.
“Muitas vezes fatais, mas muitas vezes a parede torácica faz o trabalho dela, que na verdade esses ossos todos, as costelas todas servem para proteger lá dentro, né? Então pele, músculo, gordura, osso, protege os órgãos. Órgãos nobres que estão lá dentro. E quando atingidos, eles protegem o coração, o pulmão, grandes vasos, órgãos nobres ali”, disse.
Esse tipo de procedimento é extremamente complexo. Para atender pacientes com esse tipo de ferimento é necessária uma equipe especializada, como explica o médico especialista em terapia intensiva, Dr. Wallace André Pedro.
“Em cima do que se vê na tomografia se planeja a cirurgia. Geralmente por uma equipe multiprofissional com cirurgiões vasculares, cirurgiões gerais, cirurgiões do aparelho digestivo, anestesistas, a retaguarda de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Então, são casos complexos que devem ser vistos por especialistas na área que tem experiência em trabalhar com doentes traumatizados dessa forma”.
O tratamento também depende da condição clínica do paciente. “A recuperação depende muito do estrago, depende muito da gravidade, depende muito da condição clínica do paciente. Geralmente quando é em trabalho o paciente é um adulto jovem, uma pessoa que tem uma condição física um pouco melhor, mais musculatura. Geralmente a recuperação é boa”, disse o cirurgião Dr. Danilo.
