No Rio Grande do Sul, bombeiros militares do Tocantins farão buscas por vítimas na zona rural de Lajeado

A 2ª Etapa da Operação Rio Grande do Sul, criada a partir da determinação do governador Wanderlei Barbosa, para apoiar o estado gaúcho diante da tragédia climática, está em pleno andamento. Na madrugada deste domingo, 23, três bombeiros militares especialistas em operações de busca, resgate e salvamento deixaram Palmas a caminho de Lajeado, a cerca de 115 quilômetros de Porto Alegre. Já nesta segunda-feira, 24, mais um bombeiro com uma cadela certificada para buscas em áreas colapsadas, seguiu em voo comercial.

O atendimento de pronto, do governador Wanderlei Barbosa, foi em resposta ao Gabinete de Gestão de Crise, voltada para o Rio Grande do Sul, mas encabeçada pela LIGABOM, a entidade que representa todos os comandantes-gerais dos CBMs do Brasil inteiro. Com isso, o Tocantins totaliza o envio de 28 bombeiros militares, sendo 24 na 1ª Etapa da Operação, em maio, quando houve ações em Bento Gonçalves, Canoas e Porto Alegre.

“Esta é uma das formas que o Governo do Tocantins e o CBMTO têm de contribuir com os nossos irmãos gaúchos, e estamos enviando parte dos nossos bombeiros para as buscas. Continuamos a torcer pela recuperação daquela região que tem grande importância cultural, econômica e social para o país”, destacou o coronel Peterson Queiroz de Ornelas, comandante-geral do CBMTO.

Os militares que estão em viagem por terra fizeram a primeira parada para pernoite neste domingo, no 10º Batalhão de Bombeiros Militar, em Catalão, região sul do estado de Goiás. Nesta segunda-feira, à noite, a previsão é que a parada seja em Curitiba – PR. E na terça, de tarde, devem concluir o percurso chegando ao destino da operação.

Em Lajeado, a equipe vai atuar na busca por vítimas soterradas em áreas de deslizamento de encostas, na zona rural. Durante as missões, os operadores vão contar com o apoio da cadela Sky, certificada para esse tipo de atividade. A equipe terá, além dos equipamentos na operação, também o uso das técnicas e experiências profissionais. Um dos elementos que deverão ser empregados é o chamado cone de odor, quando o bombeiro usa um haste fina de aproximadamente dois metros, perfurando o terreno em que possivelmente estão as vítimas, e assim canaliza o cheiro característico facilitando a identificação pelos cães de busca.

Especialistas

A missão conta com a participação do Subtenente Raphael Mollo, que forma o binômio com a cadela Sky; e ainda o 1º Sargento Alexandre, e os Cabos Bezerra e Leonilton.

Juntos, o Subtenente Raphael Mollo e Sky somam diversas certificações conquistadas nas provas conferidas pelo Comitê Nacional de Busca e Resgate com Cães (CONABRESC), a exemplo de Busca Urbana, na modalidade Vivo; Busca de Pessoas em Área Rural; e outra que se destaca é a Certificação de Busca Urbana, na modalidade Restos Mortais. Esta última, inclusive, coloca o Binômio do CBMTO em seleto grupo para atender desastres nacionais e, dependendo do tipo de convocação, até mesmo em outros países.

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