Mais de 1.700 professores da rede estadual no Tocantins foram afastados por questões relacionadas à saúde mental, em 2025. Na rede municipal de Palmas, o número de licenças médicas concedidas a professores da rede pública chega a 769, no ano. O município não especificou quais os motivos dos afastamentos (veja os dados abaixo).
“Eu fiquei sem sentir a minha perna por um dia inteiro, eu fiquei cega por um dia inteiro, crise de ansiedade. O médico jurou que eu estava tendo um derrame. Eu passei várias vezes por um fio para ter um ataque cardíaco. Então assim, a situação que nós estamos vivendo é desesperadora”, contou uma professora.
Sobrecarga, ameaças, violência verbal, ansiedade e falta de assistência médica estão entre os fatores relatados por professores. Veja relatos de quem vivencia o ambiente escolar no Tocantins.
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) afirmou que tem adotado medidas contínuas de aperfeiçoamento da gestão escolar, apoio técnico e acolhimento aos servidores (confira abaixo o que disse o órgão sobre os assuntos levantados pelos docentes).
A Secretaria Municipal de Educação (Smed) afirmou que “mantém o Programa Saúde do Educador, que está desenvolvendo protocolos institucionais voltados ao bem-estar dos servidores, incluindo ações de acolhimento, acompanhamento psicológico e orientações para lidar com situações de vulnerabilidade e violência no ambiente escolar”.