A negociação para venda de uma fazenda no município de Almas, no sudeste do estado, quase levou ao prejuízo de mais de R$ 1 milhão para interessados na propriedade. Isso porque se tratava de uma fraude e a pessoa que anunciava não tinha nenhum direito sobre o imóvel. As vítimas chegaram a depositar o dinheiro, mas conseguiram reaver parte dele.
De acordo com a Polícia Civil, o crime começou a ser investigado no início de novembro e as vítimas procuraram uma delegacia quando desconfiaram que caíram em um golpe. Eles depositaram o dinheiro para o suposto estelionatário, que não mora no Tocantins.
Na investigação, a polícia descobriu que a propriedade realmente está à venda e os donos são de São Paulo. O suposto falsário entrou em contato com o representante dos donos alegando estar interessado no imóvel rural, que na realidade custa R$ 12 milhões.
Ele foi ao local e conseguiu falsificar um contrato de compra e venda como se tivesse adquirido o imóvel. Assim, passou a anunciar a fazenda pelo valor de R$ 8 milhões. Os reais donos não tinham nenhum conhecimento da situação, e segundo a polícia, eles também foram enganados porque o homem se apresentava como intermediário para a venda.
Os compradores que se interessaram pelo anúncio são de Darcinópolis e entraram em negociação com o suspeito. Como ele conseguiu até as chaves, as vítimas chegaram a visitar o imóvel depositaram mais de R$ 1 milhão como entrada.
Mas logo desconfiaram e acionaram as 3ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deic – Araguaína). De acordo com o delegado Alexandre Pereira da Costa, as equipes conseguiram agir com a ajuda e atuação do sistema bancário, que bloqueou o dinheiro da conta informada pelo suspeito e estornou a quantia para os compradores.
Apesar de a quantia milionária ter sido recuperada, as vítimas ainda não conseguiram reaver uma parte do dinheiro. A polícia estima que o valor é de cerca de R$ 500 mil.
O suspeito, que não teve o nome divulgado, já foi identificado e está sendo procurado. A prisão preventiva também já foi decretada, informou a autoridade.
O delegado alertou ainda que ao adquirir algum bem, a população precisa se atentar à idoneidade do negócio para evitar cair em golpes.
“Também é de suma importância que os documentos apresentados sejam verificados pelos meios competentes no intuito de se evitar prejuízos”, orientou Alexandre.