A jovem gari Mikaela Cristiane Leite vive com o filho pequeno em uma casa improvisada, de madeira e lona, há quatro anos. Mas o sonho de morar com mais segurança e dignidade está cada vez mais próximo de ser tornar realidade com a ajuda de amigos.
Mikaela não esconde seu desejo de estudar e se formar numa faculdade. Mas diante de tantas dificuldades ela se viu obrigada a trancar a graduação, depois de cursar o primeiro semestre de letras no Instituto Federal do Tocantins, por não conseguir conciliar o horário do curso com a necessidade de trabalhar e cuidar do filho.
“Cursei o primeiro período, estava desempregada. Aí não consegui arrumar serviço de jeito nenhum, conversei com a Valtônia, ela foi e me arrumou o serviço. Só que era o horário comercial e a minha faculdade era no horário matutino, então não batia. Aí eu tive que escolher entre estudar e sobreviver. E como eu já tenho um filho e cuido dele sozinha, eu tive que optar por trancar a minha faculdade”, explica emocionada.
A funcionária pública Valtônia Gonçalves conta que a casa está sendo construída com a ajuda de um grupo de voluntários. Há quatro anos eles arrecadam doações para construir casas para pessoas em situação de vulnerabilidade em Palmas.
Quando soube desse projeto Micaela entrou em contato com Elisângela Almeida, uma das idealizadoras, e pediu ajuda com a moradia. “Ela chorou, ela implorou pra que eu ajudasse. E eu queria essa causa. Eu disse a Deus ‘eu só vou nessa jornada se o senhor me abençoar e abrir portas, porque nós estamos num período pós pandemia e dinheiro é muito difícil'”, relembra Elisângela.
O planejamento da obra começou em dezembro, a casa terá 50 metros quadrados com cinco cômodos. A previsão é que a jovem e seu filho já possam desfrutar da moradia em maio deste ano.
